quinta-feira, julho 19, 2007

** E depois,

Eu nem preciso de muito, coisa pouca basta, nunca fui de grandezas, nem almejei mais do que o que tenho, sendo o que tenho mais ou menos o que preciso, graças a deus.

(E depois, de resto, a bem dizer não esqueço.)

A sério, é como te digo, e não me olhes assim, bem sei o que pensas.

(E depois de resto, não só sei, como acredito ter razão.)

O que levo a mal é teres saído assim, sem uma despedida sequer, ao menos um beijo apressado, uma explicação, coisa pouca, meia dúzia de palavras talvez, eu não pedia muito.

(E depois, certo é que não mudava nada, mas ficava bem pelo menos, ao menos isso)

O que levo mesmo a mal, isso não entendo por mais que tentes explicar,

(E depois, no fundo, e afinal, nem te guardo rancor)

O que levo mesmo a mal, é estares aqui, mais valia que te tivesses esquecido de voltar.

(E depois, nem penses, nem penses que te deixo ficar)

Cuidas tu que só por ser como sou te vou deixar ficar? Só porque me pedes? Só porque sim?

(E depois, que raiva dá, esse teu não sei quê que me confunde.)

Eu... nem preciso de muito, coisa pouca basta, mas também, caramba, deves compreender que existem limites e que...

(...)

5 comentários:

Anónimo disse...

que raiva dá, esse teu não sei quê que me confunde

Excelente ensaio, para mim que para os ouros tanto faz..

Anónimo disse...

Estou à espera da parte II deste monólogo dialogado..

Anónimo disse...

enquanto espero a parte dois..
informo..
1º lugar no tema livre..
agora baba-te e quando voltares de férias escreve a parte 2..

Piro disse...

Ai que me desespero na espera, do desenrolar deste enredo. Há final feliz?

Piro disse...

No meu espaço disse que não devia acreditar em finais felizes. De verdade acho que é isso que nos motiva para qualquer coisa saber que um finala feliz é uma das hipoteses. Seja no fim de um beijo ou no fim de algo mais.