quarta-feira, junho 06, 2007

** Felicidade

A felicidade também cansa, e o mais certo é que desapareça... que se deixe de notar é pelo menos quase certo. A felicidade têm muito que se lhe diga, têm requintes de maldade embrulhados em papel florido, laços de tédio a atar o conjunto. Sabes bem que nunca pedi felicidade, nem isso nem nada, nunca pedi quase nada, nem sequer te pedi para ficar. Em dias de incerteza restava dizias, a certeza da felicidade, do pouco que nos faz sorrir. Não gosto de sorrir, nem de te ver no rosto espelhada a tranquila satisfação a que chamas sem pudor, felicidade. Não é por te saber incapaz de compreender o meu discurso a que chamas-te um dia embrulhado, nem sequer por te saber capaz de gerir o que de bom acontece e digerir o que de mau sempre acontece, ou pela tua capacidade entediante de procurar um lado positivo em qualquer contratempo que de súbito se adivinha. Não é por nada disso, ou talvez um pouco por tudo isso, que não peço perdão, que sem pensar muito mais sobre o assunto, prometo que não vou ficar a pensar sobre o assunto, em jeito de despedida, te espeto esta faca nas costas...

4 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

A desconstrução como exercício pode promover uma melhor exposição e compreenção do ser individual, como do colectivo.

A desconstrução total pode tornar-se perigosa, na medida em que se passa a aceitar o caos como natural e na sua versão duradoura.

Calçar as botas do outro depende sempre do entendimento do próprio, pelo que, do outro, a história terá apenas a opinião do próprio e a sua vontade de se colocar no lugar do outro.

De resto, nada mais acontece do que imaginação regada com frustração.

5:24 PM

Unknown disse...

Truz Truz Truz

Unknown disse...

Er.. Férias?..