segunda-feira, outubro 30, 2006

** O dia seguinte

A tua roupa espalhada, o esquentador que não desligaste, o vazio e o silêncio são estranhos que me olham sentados no sofá. Desco as escadas devagar, o casaco no banco do lado, a chave na ignição. As memorias que me invadem entre o trânsito da manhã, o cheiro do teu cabelo acabado de lavar. O telefone em silencio, as respostas automáticas, as palavras que escrevo sem ler, o vazio e o silêncio são estranhos que me olham do outro lado da secretária. Saio sem pressa, o casaco no banco de trás, a chave na ignição, escolho uma musica que tu gostas. As memórias que me invadem entre o trânsito da tarde, O teu sorriso ao acordar. É bom poder fingir que ainda estás aqui.

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