terça-feira, outubro 09, 2007



** Antes de adormecer

A noite em que dormes, em que prometo não apagar nem uma letra. O tempo que passa, o tempo e nos com ele. O medo, ou talvez se lhe chame pudor, o rubor que tinge as palavras por escrever, todas as frases por escrever. E porque não posso ser lamechas desta vez? porque não hei-de por extenso dizer que sim, que enquanto a dois passos de distância sinto que te quero, que quando me deitar ao teu lado sinto que te quero, e quando acordar, a dois passos de sair sei que te espero. E quando falto ao prometido e apago palavras em vez de letras, quando apesar de tudo e mesmo assim em dias que nada acrescentam revejo o que somos, sei que o resultado é este, sei que quero dizer, que quero continuar a dizer, sem grandes rodeios, sem palavras forçadas, sem mais nada, sei que quero continuar a saber que te amo.

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